Categoria: DOI

“É verdade que ainda são inúmeros os desafios para a implementação de uma educação antirracista na Educação Básica. Vê-se ainda a carência de materiais didáticos e pedagógicos adequados, a distância entre o conhecimento produzido nas universidades e nas comunidades tradicionais daqueles vivenciados nas escolas, o registro de casos de racismo e de intolerância religiosa e a resistência, por parte de alguns grupos, em abordar a temática africana nas salas de aulas. Apesar disso, é importante destacar que muitos passos foram dados. O livro Afrorreligiosos no Ensino Superior: trajetórias de escolarização na Região Metropolitana de Vitória chega em boa hora e acende uma vela nessas encruzilhadas educacionais. De um lado, permite vislumbrar uma educação antirracista quando se olha com cuidado para a trajetória de lideranças religiosas no Ensino Superior. Por outro, apresenta algumas possibilidades para a consecução da transposição didática dos saberes científicos e tradicionais para o cotidiano escolar.” (Prof. Dr. Rosenilton Silva de Oliveira)

“A pandemia da Covid-19 desencadeou uma crise global, impactando vários setores da vida social. Na Educação, demandou a adoção do ensino remoto emergencial, considerando a necessidade de isolamento social. Com isso, as residências dos estudantes foram assumidas como uma extensão das escolas/salas de aula, pois os professores planejavam as atividades e os estudantes as realizavam neste contexto com o apoio de seus responsáveis/familiares. Diante desse cenário, a rede municipal de ensino de Vila Velha/ES, como outras redes de ensino, viu-se compelida a implementar políticas educacionais e práticas pedagógicas para continuidade das aulas, recorrendo ao uso das tecnologias digitais. Assim, fomos percebendo que a distância física exacerbou desafios no âmbito da Educação, com destaque na Educação Especial, tornando imperativo investigar não apenas os impactos imediatos da pandemia, mas também os de longo prazo e as ações necessárias para apoiar a escolarização desses alunos, considerando o direito social à Educação.”

“O isolamento social, causado pela pandemia de Covid-19, trouxe à tona desafios sem precedentes para a inclusão de alunos com deficiência. A paralisação inicial das escolas e a transição abrupta para o ensino on-line redefiniram a educação, abrindo novas possibilidades e exigindo ressignificações contínuas. Este livro é o ponto de partida para entender as transformações na Educação Especial durante a pandemia. Uma leitura essencial para educadores, pesquisadores e formuladores de políticas públicas que buscam melhorar a educação inclusiva em tempos de adversidade.” (Michelle Braga)

“Este livro é fruto do trabalho do grupo de docentes, discentes e ex-discentes da Linha de Pesquisa de Educação Especial e Processos Inclusivos, que está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo. Trata-se de um grupo que tem se debruçado em estudos e pesquisas com diferentes focos metodológicos, teóricos e epistemológicos, mas com o fio condutor da educação de sujeitos com indicativo à Educação Especial em processo de inclusão nos diferentes níveis e modalidades da educação brasileira. Assim, esta obra constitui-se numa coletânea de textos que têm como objetivo primeiro contribuir para a transformação das práticas pedagógicas cotidianas e mostrar, por meio da teoria e da prática, que é possível uma educação que reconhece os sujeitos da Educação Especial como cidadãos de direito, e como indivíduos inseridos na coletividade maior que os cerca. Pessoas que produzem e reproduzem vidas, sonhos, objetivos, conhecimentos, dentre uma infinidade de possiblidades outras que somente os seres humanos são capazes.” (Os organizadores).

“Pesquisadoras/es em Educação Especial do GT 15 da Regional Centro-Oeste da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) brindam as/os leitoras/es com esta produção científica. As temáticas estimulam o debate, a análise e a reflexão sobre a implementação das políticas públicas na perspectiva da educação inclusiva, o processo de escolarização dos estudantes até a Educação Superior, a prática pedagógica, o Atendimento Educacional Especializado em escolas públicas e os processos formativos para atuação em Educação Especial. Esta coletânea assume grande relevância pelo balanço e análise das investigações relacionadas à Educação Especial, uma vez que amplia e consolida um campo de debate interdisciplinar para pensar a configuração dessa modalidade de ensino e da cultura de inclusão escolar. Desejamos às/aos leitoras/es que este encontro possa abrir novas possibilidades de questionamentos e pesquisas sobre as políticas e práticas que nos sustentam” (Marilda Moraes Garcia Bruno).

“O estudo do conhecimento de diversas áreas do saber, atrelado à formação de professores, possui um papel crucial para o desenvolvimento e o aprimoramento de novas práticas, tendências e pesquisas na área da Educação para a universidade e para a sociedade. Ao passo que, no meio acadêmico, propostas dessa natureza vêm sendo discutidas e desenvolvidas na sociedade, em especial na Região Sul capixaba, em que ações concretas vêm sendo realizadas a partir dos resultados dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do PPGEEDUC. Nesta obra, de caráter multidisciplinar, os autores apresentam cenários plurais a partir de suas investigações de mestrado voltadas para a formação de professores, os quais apontam para caminhos voltados para a formação humana, a democracia e a diversidade. Almeja-se que os textos aqui descritos possam auxiliar na construção de pilares firmes e sustentáveis no que tange às discussões, pesquisas e reflexões sobre a educação brasileira” (João Paulo Casaro Erthal).

“Este livro é um convite pelas andanças em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) da Serra. Trata-se de um caminhar imprevisível ao lado de crianças e professoras do primeiro ano do Ensino Fundamental, na produção de modos outros de currículos. Objetiva, desse modo, cartografar os movimentos inventivos curriculares de crianças e professoras nos encontros/acontecimentos cotidianos de uma turma do primeiro ano. Os autores que ajudaram a pensar a vida, a produção de conhecimento, currículo, encontro, infância, criança e inventividade, com base na filosofia da diferença, foram Deleuze, Kastrup, Guattari, entre tantos outros, sendo, assim, os interlocutores para problematizar o seguinte: que efeitos de invenção os encontros/acontecimentos produzem nos movimentos curriculares “inventivos” na turma do primeiro ano do Ensino Fundamental I?” (As autoras)

“O livro evidencia a inter-relação entre a formação continuada de professores e a inclusão de alunos com deficiência intelectual nos Anos Finais do Ensino Fundamental, para a educação de estudantes com deficiência. Refletiu-se sobre tal articulação por meio de um estudo de caso, tendo como foco a análise de um curso realizado com os profissionais da educação da rede de ensino de Vitória, denominado “Práticas pedagógicas inclusivas: desafios e perspectivas”, desenvolvido durante os anos de 2016 a 2018. A perspectiva histórico-cultural constituiu a base teórica e metodológica, considerando os estudos de Lev S. Vigotski e seu conceito de mediação. Os resultados apontam que existem desafios a serem superados na formação continuada para a consolidação de práticas pedagógicas inclusivas. Por fim, constata que a formação continuada de professores pode favorecer o desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas que facilitem o processo de ensino e, consequentemente, de aprendizagem dos estudantes com deficiência intelectual” (As autoras).

“O livro aborda o surgimento e desenvolvimento da Associação dos Diretores e Ex-Diretores das Escolas da Rede Pública Estadual de Ensino do Espírito Santo — Adires —, com foco na formação e atuação dos gestores escolares numa perspectiva democrática. O associativismo entre os gestores escolares é apresentado como elemento fundamental para promover a cooperação e a troca de experiências que podem ajudar na melhoria das práticas desses profissionais com repercussões na qualidade da educação oferecida na escola pública. […]. Ao longo do texto, o leitor tem a oportunidade de compreender também o papel político da Adires na busca por melhoria da educação no estado.” (Os autores).

“Este livro é uma conversa franca e aberta sobre os principais desafios vivenciados na pós-graduação, proferidos por duas mulheres negras que, mesmo em momentos diferentes da vida (uma na condição de orientanda e outra de orientadora), comungam trajetórias, anseios e compromissos sociais. O conteúdo aqui apresentado vai além de uma produção técnica, responsável por reunir informações oriundas da dissertação de mestrado e com proposições teórico-metodológicas. Isso também se faz presente no texto, mas sua verdadeira natureza é se tratar de um diário de bordo compartilhado que mescla o estilo de cada uma de nós: Rosângela, que compreende o quanto a produção coletiva a forjou como pesquisadora; Débora, que só sobreviveu à pós-graduação por ter encontrado espaço de compartilhamento no Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal do Paraná (Neab-UFPR).” (As autoras)